terça-feira, 27 de agosto de 2013

PÓS-MODERNIDADE segundo Max Weber



[Para Max Weber (1864-1920), a modernidade é o produto do processo de racionalização que ocorreu no ocidente, desde o final do século XVIII, e que implicou a modernização da sociedade e a modernização da cultura (Sagrillo, s/d).
Weber foi o sociólogo que estudou a religião e a razão como instrumentos que construíam laços sociais, sendo a razão o progresso escolhido para se entrar na era moderna, saindo da expectativa salvacionista da era medieval. Assim, “a redenção do homem passa a depender não mais do gesto generoso da divindade, mas da capacidade racional do homem, de desvendar os segredos da natureza, descobrir suas regularidades, colocar esses conhecimentos a serviço do homem e da tecnologia” (Goergen, 2001, p.16).

Porém, com o processo de secularização, tivemos o estreitamento nos conceitos de emancipação e razão, ficando a primeira restrita apenas ao material, ao histórico-físico do homem, e a segunda “é restrita a sua dimensão científica, matemática” Goergen (2001, p.17).

É a partir disso que a ciência moderna começa a se desenvolver cada vez mais relacionada à produção, perdendo sua relativa independência e passando, na maior parte das vezes “a atender aos interesses da produção e da classe detentora dos meios de produção” Andery, et al (2003, p.293).

Segundo Chauí (1992), a Modernidade, nascida com a ilustração, teria privilegiado o universal e a racionalidade; teria sido positivista e tecnocêntrica, acreditando no progresso linear da civilização, na continuidade temporal da história, em verdades absolutas, no planejamento racional e duradouro da ordem social e política; e teria apostado na padronização dos conhecimentos e da produção econômica como sinais de universalidade.